10 de agosto de 2020

, , , ,

Pequeno texto sobre o "encontrar-se"

Lá fora eu vejo pessoas seguindo o seu caminho, encontrando seus pares, procurando uma nova fantasia para ocuparem a mente em seus poderosos aparelhos celulares. As tardes seguem vazias no centro da cidade, sem brilho, sem sorrisos e sem aquelas conversas sinceras que expõem a imensidão existente dentro de cada um. 
As pessoas fingem estarem sozinhas em todos os ambientes, mesmo rodeadas de pessoas. Isso acontece porque assim torna-se fácil passar por cima do medo da comparação, da estigmatização, da vergonha da própria subestimação que conflitua dentro de cada um com o medo de arriscar, travando os músculos, trazendo a impossibilidade de se ir longe, de engatinhar, de simplesmente admitir que toda decisão acarreta um começo. As pessoas tem medo de serem pequenas demais para esse mundo que parece tão grande, mas que pode ser extremamente menor e incrivelmente comum àquilo que cada um tem medo de demonstrar.
Nós seguimos distantes, mesmo sem razões para sofrer, mesmo com uma mão amiga, já cansada, estendida em nossa direção. Procuramos no céu a imensidão que não somos capazes de encontrar em nosso próximo, procuramos a força que as vezes pensamos não haver na beleza de sentir, na beleza de simplesmente prosseguir e deixar o coração bater mais forte. 
Um dia não teremos medo de nos cegarmos com o nascer do sol em nossa fronte, um dia os pássaros estarão mais perto e sentiremos a brisa suave em nossos cabelos. Um dia a utopia tornar-se-á realidade e sentiremos o carinho que estamos, a cada novo amanhecer, preparando a nós mesmos. Será como um agradecimento pelo prosseguimento, pela coragem, insistência e, acima de tudo, pela certeza de amar cada milímetro do que se é. 

Não desista de se encontrar. 

Não vá embora! Tem mais textos aqui:

27 de dezembro de 2015

,

E para o tempo parar

Imagem para a postagem "E para o tempo parar" do blog Amor e Oxigênio

No final a gente acaba percebendo como o tempo, incansavelmente, passa. A gente percebe, assim de repente, como a gente muda com o tempo também.
Estive lendo as postagens do primeiro Amor e Oxigênio, escrito originalmente por mim entre 2012 e 2013, ainda com a terminação .blogspot e com um dos tantos layouts básicos que o Blogger oferece aos blogueiros iniciantes. Lembro também do plano de fundo que eu usava, bege com bolinhas vermelhas! Ah, e lembro que o menu do blog tinha os cantos arredondados e a primeira postagem era o meu "Quem sou eu" do Orkut. Uau! E aquele era, sem duvida alguma, o melhor blog do mundo no meu ponto de vista.
Sim, isso tudo já passou. E é claro que o tempo irá continuar passando e quem sabe daqui há outros dois ou três anos eu também ache o atual design do blog e as coisas que eu escrevo nele uma completa aberração. Quem sabe eu também decida, por descuido ou desconformidade, excluir o atual blog e salvar as suas postagens em um outro arquivo do Word, assim como eu fiz com a primeira versão dele e no futuro ler tudo e não entender como pude postar aquilo.
A rotina também muda e os amigos muitas vezes também se vão, não por descuido ou desconformidade, mas provavelmente por orgulho ou hostilidade. Conforme a vida vai se alterando, os sentimentos e tudo aquilo que gostamos ou não também se modifica, gerando, por consequência, novas histórias e novos textos. E o que fica no desfecho de nossas histórias é a saudade. Essa não se vai.
É, a vida passa até mesmo para nós. Ainda temos tempo para errar e aprender. Para errar e tentar consertar. Para errar e esquecer que erramos. 2016 será o início de mais cinco anos repletos de novas metas e novos sonhos que nos esperam para ser sonhados. Por fim posso dizer que fiquei contente com tudo o que descobri e com tudo o que melhorei nos cinco anteriores.

O que aprendemos, fica.
O que sentimos, prevalece sempre.
Não vá embora! Tem mais textos aqui:

19 de dezembro de 2015

, , ,

A paz

Imagem para a postagem "A paz" no blog Amor e Oxigênio

Não me pergunte para onde eu vou depois disso tudo porque, meu bem, agora os nossos planos são reais. A gente aprendeu a abrir os olhos e vimos que os campos de morangos existem. Eu segui, eu aprendi a buscar o meu objetivo sem demonstrar onde, realmente, eu buscava chegar. Todos os anos, em todos os momentos, eles disseram que nos conheciam, disseram saber quais são as nossas cores favoritas, disseram entender o nosso modo de falar e ousaram adivinhar até mesmo o que nós iríamos nos tornar. Parabéns, nós os surpreendemos.
Vá em diante, prossiga com ou sem mim. Vá em diante e conquiste o seu mundo, continue mostrando que você não foi somente mais uma vítima e nunca, nunca mesmo, ache que as coisas que você fez e conquistou não significam nada. Querido, tudo o que nós somos está refletido no caminho que tomamos, assim sendo, nos nossos atos, sejam eles pretenciosos ou não.
Porque você sempre quis saber, agora você sabe. Você queria saber escrever para contar aos outros sobre como você se sentia. Da mesma forma, você quis ler para entender o pensamento do próximo. Demos um passo à frente, aprendemos um pouco das mais variadas formas de se calcular algo, afim de que calculássemos a força do mundo e até onde nós poderíamos caminhar. Em seguida, aprendemos também a origem daquilo que conhecemos, desde como evoluímos e aprendemos a pensar, até como funcionam os sistemas existentes dentro do nosso corpo. Por fim, aprendemos a sonhar sozinhos um sonho que a gente não sabia que podia sonhar. Olha a chuva passando, era disso que eu sempre falava! Você e eu. Nós mostramos que o fim as vezes é bom e que, as vezes, o fim é só o início de muitos outros começos. Viva a vida, viva ao que aprendemos, viva ao que sonhamos, viva àquilo que iremos nos tornar! Porque o céu é azul, porque o amor é velho e paciente e porque os pássaros voam e a gente aprendeu que os nossos olhos não foram feitos pra chorar. Viva!
Não me pergunte sobre o meu amor. Ele voou, livre como deve ser. E pintou a sua face de azul.  

Não vá embora! Tem mais textos aqui:

26 de agosto de 2015

, ,

Wish you were here

Imagem para a postagem "Wish you were here" do blog Amor e Oxigênio

Boa tarde galera bonita! Hoje estou aqui para falar um pouquinho sobre a minha música favorita, como música de abertura para a primeira postagem nova do blog Amor e Oxigênio com layout e plataforma novos.
Enfim, a referida música chama-se Wish You Were Here, da banda britânica de Rock Progressivo Pink Floyd. {amo eles}
A banda se formou em Londres no ano de 1965, com  Roger Waters, Nick Mason, Richard Wright e Syd Barrett como integrantes da sua formação original.
A música Wish You Were Here pertence ao nono álbum do Pink Floyd, cujo nome também é Wish You Were Here, o que ainda causa muito estranhamento às pessoas que não são fãs do grupo, apesar do álbum ter vendido mais de 13 milhões de cópias ao redor do mundo.

Finalmente, vamos ao vídeo da música:



Agora vamos para a letra traduzida:

Queria que Você Estivesse Aqui

Então, então você acha que consegue distinguir
O paraíso do inferno?
Céus azuis da dor?
Você consegue distinguir um campo esverdeado
De um trilho de aço gelado?
Um sorriso de uma máscara?
Você acha que consegue distinguir?

Eles fizeram você trocar
Os seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
O ar quente por uma brisa fria?
O conforto do frio por mudanças?
Você trocou
Um papel de figurante na guerra
Por um papel principal numa cela?

Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Nós somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre o mesmo velho chão
O que nós encontramos?
Os mesmos velhos medos
Eu queria que você estivesse aqui

A letra da música foi feita em lembrança de Syd Barrett, que era um dos fundadores do Pink Floyd e se afastou dela em decorrência das drogas.
Não vá embora! Tem mais textos aqui:

3 de julho de 2015

, , ,

Essa manhã tão cinza


Então a gente acorda de manhã cedo e não sabe que rumo dar à própria vida. A gente pensa em crescer, se transformar, se tornar o que as pessoas, nessa altura da vida, esperam de nós. É como ser um pássaro que nunca saiu do ninho e agora precisa voar, ou melhor, é como ser uma cobra: Assim, rastejante, sem pernas e nem braços, com pouca ou nenhuma forma de locomoção.. Então você é uma cobra, não tem amigos ou conhecidos que lhe queiram ajudar. Você está sozinho pelas próprias condições vitais às quais você foi condicionado. E, contudo, você deve ser. Você deve agir.
E as pessoas cantam, gritam no meio da rua, fazem escândalos. Em grande grupo, no meio do caos, da multidão tudo é belo, tudo pode. E se você estiver sozinho e com uma cabeça vazia? Sim, você quer se divertir! Porém estar sozinho e gritar, diferentemente de estar em um grupo, é estranho. Se somos agitados, somos desvairados, todavia se formos quietos, somos tolos.
Precisamos aprender a admirar as cobras. E os berros. Tudo tem uma razão de ser.
Não vá embora! Tem mais textos aqui: