8 de fevereiro de 2016

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Estrelas

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Talvez o céu não tenha as cores mais belas como foi outrora, mas mesmo assim já é passada a hora de acordar. A menina despertou e saiu a passos largos, mesmo percebendo que não estava atrasada. Sim, ela foi buscar a cor do seu mundo. Ela foi acolher aquele sorriso e foi perceber o convite ao silêncio em meio a um abraço. O coração bateu forte. O coração ardeu.
Muito provavelmente ela tenha esperado uma vida inteira por isso e sem dúvida alguma estava certa do que queria. Não foram mil anos, mas foi tudo aquilo o que ela tinha, e a pequena menina não pode deixar algo assim escorrer por suas mãos, mantidas, assim como a sua mente, atônitas o tempo todo, somente vendo tudo passar porque aquela era a lei maior de sua vida, há alguns meses atrás. A verdade é que tudo passa, é claro, porém somente se deixarmos passar. 
Vamos olhar para cima. Talvez a resposta esteja em olhar para as estrelas. O que será que as estrelas mais velhas carregam para chegar onde chegaram e para estar tão longe quanto estão? O que será que aqueles olhos carregam agora? A verdade é que a menina encontrou a sua estrela e foi ela quem lhe ensinou que devemos sempre olhar para cima. Por fim, ela entendeu que a diferença é um aprendizado e que todos precisam navegar um pouco para encontrar o seu porto seguro.
E nos seus olhos eu aprendi que as estrelas também queimam e algumas até caem. Ainda assim, sempre estaremos olhando para cima, porque a gente sabe que vale a pena.

Não quero ser alguém que vai embora facilmente. Estou aqui para ficar e fazer a diferença que eu puder fazer. Jamais ousarei olhar para baixo novamente, eu te prometo.

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5 de fevereiro de 2016

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Noite

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Porque nossos corações tem um ritmo parecido. Porque o vento morno anunciando a tempestade me lembra do calor das suas mãos. Porque a chuva acaricia a pele. Porque o vento anuncia a chegada do frio e o frio me faz sentir vontade de estar ainda mais perto.

A menina perdeu o sono e desistiu de tentar encontrá-lo novamente. As vezes acontece algo e, então, acabamos por nos situarmos parados, em um estado de quase meditação. Isolação interna, talvez. Os pensamentos voam e se perdem em questões de segundos. É, as vezes devemos ficar quietos e encarar o mundo com os olhos de um adulto e deixar a criança brincar em seu quarto. As vezes devemos tomar conta de nossas palavras que vagam soltas por aí, já que provavelmente alguém irá encontrá-las e nem sempre elas serão serenas como os olhos de uma criança sonolenta.
Talvez os sentimentos dos sonhos sejam diferentes dos sentimentos vividos. Talvez os sentimentos vividos nem sempre são aqueles que falamos de um modo desconexo e por impulso. Talvez o medo se mostre maior que todo o resto e, ainda que não devesse, talvez tenhamos muito por dizer e a voz acabe por falhar.
E, no fim, o dia acaba e poderemos rir novamente. Poderemos andar na beira do mar e admirar a imensidão. E eu, enfim, poderei dizer que os teus olhos são o infinito mais bonito que eu já vi.
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26 de janeiro de 2016

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Essas grandes alturas


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E aquele brilho está de volta, agora nós conseguimos sentir isso. O silêncio ecoa nos nossos corações e a cada batida a dor se vai. Estamos de volta, mantenha a sua mão com a minha, rodaremos mais uma volta com o mundo. Sente ao meu lado, veja o trem passar, sinta o sopro dele nos seus cabelos. Ah, sinta cada gota da chuva que chegou para mostrar as possibilidades que ganhamos ao refazer os bons momentos.
Esteja comigo por quanto tempo achar que pode, ainda que eu insista em não partir jamais, ainda que eu continue entregue ao seu abraço. Ouça as cordas desafinadas daquele violão velho e empoeirado. Teremos décadas para tomar um café e rir dos trocadilhos da vida. Os violinos tocarão aquela minha música favorita e nós entraremos no ritmo deles.
Num outro dia qualquer, nós observaremos o nascer do sol e leremos um livro juntos. Ache meus olhos e olhe no fundo deles, estarei aqui por um século. Estarei por um século ao seu lado. Faça um pedido, plante uma árvore e escreva os nossos nomes no tronco dela. Sinta a brisa suave daquela manhã tão cinza que já não incomoda mais.
 É muito importante, agora. A forma como eu não quero perder nada, o desejo que eu tenho de nunca acordar, o meu comportamento, por vezes, pouco sutil, a maneira como eu espero o "para sempre", a necessidade de um milhão de anos, a segurança daquele abraço, a minha certeza em confiar. É imprescindível, é maior que todas as ondas e todos os focos de luz que dariam esperança no final do breu. Eu preciso aprender a expressar o quanto isso faz diferença em todo o resto. O quanto eu sinto que estou em um só caminho e o quanto quero que ele seja seguro.
Jogue um jogo comigo, me lembre de como o céu é azul. Me encontre no final da rua, apenas corra comigo e me deixe fazer da vida um sonho real. E no final, lembre-se do início. Aguardei aquele brilho da mesma forma como aguardamos ansiosos pelo momento em que veremos as estrelas cadentes no céu. Aguardei incessantemente e sabia que, quando encontrasse, seria como encontrar um tesouro escondido.

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17 de janeiro de 2016

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Horizonte

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Naquele dia estava chovendo e ela não queria sair, porém já havia se ausentado na manhã anterior. Naquele dia as poças d'água refletiam a os galhos das árvores recém apresentadas à primavera. Naquele dia os guarda chuvas pareciam dançar. Naquele dia as pessoas dançavam e eles, que não dançavam, entraram na brincadeira também. E toda a brincadeira, até onde se ouve falar, tem um profundo apego nas nossas verdades.
As vezes uma manhã chuvosa não significa um dia triste. Aliás, um caminho escuro, com tropeços e derrotas é vivenciado por todos nós, pelo menos uma vez na vida e sempre de maneiras diferentes porque, claro, somos diferentes. Muitas vezes, numa manhã chuvosa, tomamos o melhor café do mundo, que pode ser o café da cafeteria mais famosa da região e também pode ser aquele que você ou alguém que você gosta preparou. Muitas vezes, numa manhã chuvosa, nos unimos com vários outros passantes desconhecidos entre os beirais da cidade. As vezes um desses passantes pode deixar de ser somente mais um desconhecido.
 E todo mundo deve ter o direito de tentar algo novo. Todos devem, ao menos uma vez, se sujeitar a algo inesperado, visto que esse inesperado pode ser bom. E as pessoas devem se harmonizar com aquelas que lhes fazem bem e devem, por óbvio, cultivar o que, igualmente, lhes trazer a paz.
Quem sabe, é assim que acontece o início dos melhores finais felizes. Quem sabe, assim virão as nossas grandes memórias, que um dia se tornarão infinitas.

Todas as pessoas solitárias
A que lugar todas elas pertencem?
(Beatles)
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14 de janeiro de 2016

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Valeu

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E no fim o vento leva. Leva devagarinho, como as folhas de outono são arrastadas pela calçada, como as pessoas se esquecem das melhores memórias. E não é tão diferente de tentar retomar o que éramos antes.
Acontece que não estamos preparados para reconhecer o quão bom ou ruim algo pode ser. Não estamos sempre prontos para um novo dia repleto de novidades e atenção redobrada aos mais novos conhecidos. Nós nunca saberemos onde se inicia o afeto, a amizade, o amor. Nós nunca saberemos onde isso acaba ou quando e exatamente por quais razões acaba.
Nós não estaremos prontos nunca, mas os novos ventos sempre irão soprar. Não teremos, de fato, entendimento sobre todas as coisas e sobre os motivos de estarmos onde estamos, mas é certo que caminhamos para algum lugar além do fim incessante e incurável. Aliás, precisamos da certeza de quem somos quando estamos sem rédeas e sem leis. Precisamos da confiança nos nossos instintos e na veracidade daquilo que achamos ser e ter nos tornado durante tanto tempo.
E o sol brilha de novo no fundo dos olhos dela. Brilha como se brilhassem pela primeira vez e reflete o silêncio mais puro e genuíno que ela pôde encontrar. É, não se tem certeza, mas quem nos obriga a ter? A calma nos guia agora, e ela é melhor que o desespero, a pena e a comoção. Calma. Viveremos tudo o que quisermos viver, mas por razões que não se explicam de antemão, a serenidade e o equilíbrio nos darão a dose certa para cada cruzar de olhares. Existe uma árvore gigante, mas ela recém brotou.
Estou convicta dos meus medos, mas não do afeto que ainda restou. Tenho consciência de que sinto falta da imensidão de todo aquele apreço de outrora, mas não espero um retorno. Estou convencida da minha incorruptível ânsia por muito mais, em caminhos novos. Vou fechar um novo ciclo, e sei que no fim ficarei em paz. Não podemos nos esquecer que sim, tudo vale a pena. Porque todo o coração é burro, mas o meu é mais.

 E a chuva parou.
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13 de janeiro de 2016

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Zero

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E a menina voltou a aparecer. Voltou porque algo a chamou aqui. 
O dia amanheceu calmo, a rede balançava, os pássaros voavam de seus ninhos em busca de comida e, lentamente, a pequena menina despertava. Ela abriu os olhos, estes, por sua vez, claros como a luz que vinha da janela. O vento a chamava para longe. Ela se aprontou e saiu.
As pessoas, naquela imensidão espantosa, não estavam dispostas a conversar e nem mesmo a cumprimentar a menina e os outros passantes. A verdade é que todos viviam em mundo privado e egoísta onde se achavam portadores da melhor personalidade e do melhor talento além de, claro, serem o próprio sol desse mundo imaginário. A pequena continuou a andar, insistindo a atravessar vielas e a pular por cima das poças enlameadas daquele chão irregular.
Sem perceber, ela acabou perfurando a bolha na qual vivia e, inimaginavelmente, a felicidade se estampou em seu olhar. Desde quando se sentia a vontade para cruzar a avenida de cabeça erguida? Desde quando ela começou a ter essa ânsia por espalhar vozes, e gostos, e sentimentos por aí? Sim, a menina já não era a mesma e não sabia explicar quando foi que os novos ares chegaram.
Finalmente a pequena observou que não haviam mais lágrimas para serem derramadas, pois já não havia motivo para tanto. Olhando para frente e acabando com a irrealidade dos fatos, ela pôde entender que não se pode controlar uma vida inteira e nem mesmo passar panos quentes nas palavras que desejamos nunca termos pronunciado. Ela descobriu que ainda tinha um coração e não precisou olhar nos olhos de ninguém para constatar esse feito. Descobriu também o quão nobre um sentimento pode ser. Entendeu que não existem coisas que tramem a favor ou contra o que sentimos. Tudo o que sentimos nos domina e lentamente passa a existir, com a mesma eficácia de um pássaro que constrói seu ninho para se abrigar do inverno próximo.
Os sentimentos pulsam e simplesmente não precisamos de um líder, de influência, de talento. Tudo o que precisamos é de coragem para admitir que temos conosco algo de tamanha intensidade.
O tempo que algo assim dura? Uma vida. Uma vida bem vivida.
Zero sim. Começamos outra vez, assim como um dia novo começa a cada amanhecer.
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27 de dezembro de 2015

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E para o tempo parar

Imagem para a postagem "E para o tempo parar" do blog Amor e Oxigênio

No final a gente acaba percebendo como o tempo, incansavelmente, passa. A gente percebe, assim de repente, como a gente muda com o tempo também.
Estive lendo as postagens do primeiro Amor e Oxigênio, escrito originalmente por mim entre 2012 e 2013, ainda com a terminação .blogspot e com um dos tantos layouts básicos que o Blogger oferece aos blogueiros iniciantes. Lembro também do plano de fundo que eu usava, bege com bolinhas vermelhas! Ah, e lembro que o menu do blog tinha os cantos arredondados e a primeira postagem era o meu "Quem sou eu" do Orkut. Uau! E aquele era, sem duvida alguma, o melhor blog do mundo no meu ponto de vista.
Sim, isso tudo já passou. E é claro que o tempo irá continuar passando e quem sabe daqui há outros dois ou três anos eu também ache o atual design do blog e as coisas que eu escrevo nele uma completa aberração. Quem sabe eu também decida, por descuido ou desconformidade, excluir o atual blog e salvar as suas postagens em um outro arquivo do Word, assim como eu fiz com a primeira versão dele e no futuro ler tudo e não entender como pude postar aquilo.
A rotina também muda e os amigos muitas vezes também se vão, não por descuido ou desconformidade, mas provavelmente por orgulho ou hostilidade. Conforme a vida vai se alterando, os sentimentos e tudo aquilo que gostamos ou não também se modifica, gerando, por consequência, novas histórias e novos textos. E o que fica no desfecho de nossas histórias é a saudade. Essa não se vai.
É, a vida passa até mesmo para nós. Ainda temos tempo para errar e aprender. Para errar e tentar consertar. Para errar e esquecer que erramos. 2016 será o início de mais cinco anos repletos de novas metas e novos sonhos que nos esperam para ser sonhados. Por fim posso dizer que fiquei contente com tudo o que descobri e com tudo o que melhorei nos cinco anteriores.

O que aprendemos, fica.
O que sentimos, prevalece sempre.
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19 de dezembro de 2015

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A paz

Imagem para a postagem "A paz" no blog Amor e Oxigênio

Não me pergunte para onde eu vou depois disso tudo porque, meu bem, agora os nossos planos são reais. A gente aprendeu a abrir os olhos e vimos que os campos de morangos existem. Eu segui, eu aprendi a buscar o meu objetivo sem demonstrar onde, realmente, eu buscava chegar. Todos os anos, em todos os momentos, eles disseram que nos conheciam, disseram saber quais são as nossas cores favoritas, disseram entender o nosso modo de falar e ousaram adivinhar até mesmo o que nós iríamos nos tornar. Parabéns, nós os surpreendemos.
Vá em diante, prossiga com ou sem mim. Vá em diante e conquiste o seu mundo, continue mostrando que você não foi somente mais uma vítima e nunca, nunca mesmo, ache que as coisas que você fez e conquistou não significam nada. Querido, tudo o que nós somos está refletido no caminho que tomamos, assim sendo, nos nossos atos, sejam eles pretenciosos ou não.
Porque você sempre quis saber, agora você sabe. Você queria saber escrever para contar aos outros sobre como você se sentia. Da mesma forma, você quis ler para entender o pensamento do próximo. Demos um passo à frente, aprendemos um pouco das mais variadas formas de se calcular algo, afim de que calculássemos a força do mundo e até onde nós poderíamos caminhar. Em seguida, aprendemos também a origem daquilo que conhecemos, desde como evoluímos e aprendemos a pensar, até como funcionam os sistemas existentes dentro do nosso corpo. Por fim, aprendemos a sonhar sozinhos um sonho que a gente não sabia que podia sonhar. Olha a chuva passando, era disso que eu sempre falava! Você e eu. Nós mostramos que o fim as vezes é bom e que, as vezes, o fim é só o início de muitos outros começos. Viva a vida, viva ao que aprendemos, viva ao que sonhamos, viva àquilo que iremos nos tornar! Porque o céu é azul, porque o amor é velho e paciente e porque os pássaros voam e a gente aprendeu que os nossos olhos não foram feitos pra chorar. Viva!
Não me pergunte sobre o meu amor. Ele voou, livre como deve ser. E pintou a sua face de azul.  

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28 de novembro de 2015

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Aventurar

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A vida é curta pra ver o tempo passar. A vida é curta para nós nos acordarmos de mãos dadas. A vida é curta para dar um passo pra trás e, provavelmente, essas coisas não tem explicação nenhuma e, muito menos, a exigem.
Vamos pensar: Essas coisas acontecem porque a gente não sabe mais rir dos nossos pequenos escândalos, amar as nossas próprias canções e sentir falta do que ficou pra trás. Meu bem, como será sem o vento e sem o clarão da lua? Como vai ser quando não nos encontrarmos mais, e quando nos abandonarmos, e quando nos esquecermos? Como pode alguém prever, não é mesmo? Nós podemos ouvir o vento passar, mas não podemos calcular, de poucos em poucos, o que ele levou daquilo que éramos. Meu bem, escrever pode ser querer esquecer?
Um século, um mês.. Veremos, depois de muito tempo, fotos nossas e das nossas vidas novas. Eu penso que, quando tais coisas ocorrerem, não nos reconheceremos mais, já que não podemos parar para o tempo. Talvez nos seus olhos ainda exista a tempestade da qual eu quero me encharcar, talvez nos seus olhos das novas fotos ainda existam as coisas que os sonhos não nos deixam apagar. Isso tudo porque a gente tentou e todos viram como a gente tentou. Renasceríamos em novas fotos repassadas por amigos em comum e, quem sabe, lembraríamos do que fomos, ou então torceríamos para que, no mínimo um dos dois, sorrisse em paz.
Enfim, dessas coisas somente a gente que sabe e, se um dia quisermos duvidar, ninguém vai dizer que já é tarde demais. Essas coisas não tem fim e, certamente, encontraríamos um jeito de ir aonde o vento vai.


Do nosso amor, a gente é que sabe. 
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29 de outubro de 2015

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Boa sorte

Imagem para a postagem "Boa sorte" do blog Amor e Oxigênio

Aquele teu olhar de felicidade me comoveu, sabia? Ta na cara, viu? Não escondas mais, não. Não escondas, até porque isso faz mal e, se eu pudesse, até te ajudaria. Por outro lado, é certo que eu deveria rir e deixar tu te frustrares sozinho, porque eu já senti na pele como essas coisas são. É como se a gente tivesse algo tão grande pra falar pra alguém que, se não conseguíssemos falar, explodiria dentro da gente e doeria muito, pesaria muito... Isso não se explica.
Eu sei o quanto é sentir, e tu sabes que eu sei. Sei também que se isso não der certo, vai acabar se afundando na poeira do tempo, mas não vai passar assim de repente como todo mundo diz. Infelizmente, não somos aquela porcentagem feliz da humanidade que troca a roupa e o amor entre o mesmo espaço de tempo e, inquestionavelmente, dói tentar esperar. E o que nos resta dessa conta da vida? Esperar passar ou então fazer de tudo pra que as coisas se ajeitem conforme desejamos.
Por fim, meu caro, eu percebo que ainda te recordas minimamente do que ficou na nossa poeira do tempo particular, ainda que os olhares cor de tempestade não sejam direcionados a isso e, de coração, espero que tudo dê certo por aí.
Além de tudo, espero que não cries um muro dentro de ti, pois aquele lá de Berlim já causou dor suficiente a gente demais e a gente que não precisava sofrer. Olha, eu me comovi com a tua história.. Eu me identifiquei nela, contudo, do lado de cá, acabou.  Ou vai ver, afundou. Boa sorte, mesmo.

Eu rabisco o sol, e a chuva parou...
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