27 de dezembro de 2015

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E para o tempo parar

Imagem para a postagem "E para o tempo parar" do blog Amor e Oxigênio

No final a gente acaba percebendo como o tempo, incansavelmente, passa. A gente percebe, assim de repente, como a gente muda com o tempo também.
Estive lendo as postagens do primeiro Amor e Oxigênio, escrito originalmente por mim entre 2012 e 2013, ainda com a terminação .blogspot e com um dos tantos layouts básicos que o Blogger oferece aos blogueiros iniciantes. Lembro também do plano de fundo que eu usava, bege com bolinhas vermelhas! Ah, e lembro que o menu do blog tinha os cantos arredondados e a primeira postagem era o meu "Quem sou eu" do Orkut. Uau! E aquele era, sem duvida alguma, o melhor blog do mundo no meu ponto de vista.
Sim, isso tudo já passou. E é claro que o tempo irá continuar passando e quem sabe daqui há outros dois ou três anos eu também ache o atual design do blog e as coisas que eu escrevo nele uma completa aberração. Quem sabe eu também decida, por descuido ou desconformidade, excluir o atual blog e salvar as suas postagens em um outro arquivo do Word, assim como eu fiz com a primeira versão dele e no futuro ler tudo e não entender como pude postar aquilo.
A rotina também muda e os amigos muitas vezes também se vão, não por descuido ou desconformidade, mas provavelmente por orgulho ou hostilidade. Conforme a vida vai se alterando, os sentimentos e tudo aquilo que gostamos ou não também se modifica, gerando, por consequência, novas histórias e novos textos. E o que fica no desfecho de nossas histórias é a saudade. Essa não se vai.
É, a vida passa até mesmo para nós. Ainda temos tempo para errar e aprender. Para errar e tentar consertar. Para errar e esquecer que erramos. 2016 será o início de mais cinco anos repletos de novas metas e novos sonhos que nos esperam para ser sonhados. Por fim posso dizer que fiquei contente com tudo o que descobri e com tudo o que melhorei nos cinco anteriores.

O que aprendemos, fica.
O que sentimos, prevalece sempre.
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19 de dezembro de 2015

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A paz

Imagem para a postagem "A paz" no blog Amor e Oxigênio

Não me pergunte para onde eu vou depois disso tudo porque, meu bem, agora os nossos planos são reais. A gente aprendeu a abrir os olhos e vimos que os campos de morangos existem. Eu segui, eu aprendi a buscar o meu objetivo sem demonstrar onde, realmente, eu buscava chegar. Todos os anos, em todos os momentos, eles disseram que nos conheciam, disseram saber quais são as nossas cores favoritas, disseram entender o nosso modo de falar e ousaram adivinhar até mesmo o que nós iríamos nos tornar. Parabéns, nós os surpreendemos.
Vá em diante, prossiga com ou sem mim. Vá em diante e conquiste o seu mundo, continue mostrando que você não foi somente mais uma vítima e nunca, nunca mesmo, ache que as coisas que você fez e conquistou não significam nada. Querido, tudo o que nós somos está refletido no caminho que tomamos, assim sendo, nos nossos atos, sejam eles pretenciosos ou não.
Porque você sempre quis saber, agora você sabe. Você queria saber escrever para contar aos outros sobre como você se sentia. Da mesma forma, você quis ler para entender o pensamento do próximo. Demos um passo à frente, aprendemos um pouco das mais variadas formas de se calcular algo, afim de que calculássemos a força do mundo e até onde nós poderíamos caminhar. Em seguida, aprendemos também a origem daquilo que conhecemos, desde como evoluímos e aprendemos a pensar, até como funcionam os sistemas existentes dentro do nosso corpo. Por fim, aprendemos a sonhar sozinhos um sonho que a gente não sabia que podia sonhar. Olha a chuva passando, era disso que eu sempre falava! Você e eu. Nós mostramos que o fim as vezes é bom e que, as vezes, o fim é só o início de muitos outros começos. Viva a vida, viva ao que aprendemos, viva ao que sonhamos, viva àquilo que iremos nos tornar! Porque o céu é azul, porque o amor é velho e paciente e porque os pássaros voam e a gente aprendeu que os nossos olhos não foram feitos pra chorar. Viva!
Não me pergunte sobre o meu amor. Ele voou, livre como deve ser. E pintou a sua face de azul.  

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28 de novembro de 2015

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Aventurar

Imagem para a postagem "Aventurar" do blog Amor e Oxigênio

A vida é curta pra ver o tempo passar. A vida é curta para nós nos acordarmos de mãos dadas. A vida é curta para dar um passo pra trás e, provavelmente, essas coisas não tem explicação nenhuma e, muito menos, a exigem.
Vamos pensar: Essas coisas acontecem porque a gente não sabe mais rir dos nossos pequenos escândalos, amar as nossas próprias canções e sentir falta do que ficou pra trás. Meu bem, como será sem o vento e sem o clarão da lua? Como vai ser quando não nos encontrarmos mais, e quando nos abandonarmos, e quando nos esquecermos? Como pode alguém prever, não é mesmo? Nós podemos ouvir o vento passar, mas não podemos calcular, de poucos em poucos, o que ele levou daquilo que éramos. Meu bem, escrever pode ser querer esquecer?
Um século, um mês.. Veremos, depois de muito tempo, fotos nossas e das nossas vidas novas. Eu penso que, quando tais coisas ocorrerem, não nos reconheceremos mais, já que não podemos parar para o tempo. Talvez nos seus olhos ainda exista a tempestade da qual eu quero me encharcar, talvez nos seus olhos das novas fotos ainda existam as coisas que os sonhos não nos deixam apagar. Isso tudo porque a gente tentou e todos viram como a gente tentou. Renasceríamos em novas fotos repassadas por amigos em comum e, quem sabe, lembraríamos do que fomos, ou então torceríamos para que, no mínimo um dos dois, sorrisse em paz.
Enfim, dessas coisas somente a gente que sabe e, se um dia quisermos duvidar, ninguém vai dizer que já é tarde demais. Essas coisas não tem fim e, certamente, encontraríamos um jeito de ir aonde o vento vai.


Do nosso amor, a gente é que sabe. 
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29 de outubro de 2015

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Boa sorte

Imagem para a postagem "Boa sorte" do blog Amor e Oxigênio

Aquele teu olhar de felicidade me comoveu, sabia? Ta na cara, viu? Não escondas mais, não. Não escondas, até porque isso faz mal e, se eu pudesse, até te ajudaria. Por outro lado, é certo que eu deveria rir e deixar tu te frustrares sozinho, porque eu já senti na pele como essas coisas são. É como se a gente tivesse algo tão grande pra falar pra alguém que, se não conseguíssemos falar, explodiria dentro da gente e doeria muito, pesaria muito... Isso não se explica.
Eu sei o quanto é sentir, e tu sabes que eu sei. Sei também que se isso não der certo, vai acabar se afundando na poeira do tempo, mas não vai passar assim de repente como todo mundo diz. Infelizmente, não somos aquela porcentagem feliz da humanidade que troca a roupa e o amor entre o mesmo espaço de tempo e, inquestionavelmente, dói tentar esperar. E o que nos resta dessa conta da vida? Esperar passar ou então fazer de tudo pra que as coisas se ajeitem conforme desejamos.
Por fim, meu caro, eu percebo que ainda te recordas minimamente do que ficou na nossa poeira do tempo particular, ainda que os olhares cor de tempestade não sejam direcionados a isso e, de coração, espero que tudo dê certo por aí.
Além de tudo, espero que não cries um muro dentro de ti, pois aquele lá de Berlim já causou dor suficiente a gente demais e a gente que não precisava sofrer. Olha, eu me comovi com a tua história.. Eu me identifiquei nela, contudo, do lado de cá, acabou.  Ou vai ver, afundou. Boa sorte, mesmo.

Eu rabisco o sol, e a chuva parou...
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10 de outubro de 2015

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Realinhando

Imagem para a postagem "Realinhando" no blog Amor e Oxigênio

A chuva ainda era abundante lá fora. Os pássaros, por consequência, fugiram em direção aos seus ninhos. Os cães abandonados se abrigaram nas marquises, as pessoas abriram seus guarda chuvas e começaram a andar mais rápido, num ritmo desajeitado que, por vezes, se tornava cômico. 
A menina não estava na chuva, mas assistia a tudo entusiasmadamente. Tudo lá fora era novo aos olhos dela e tudo aquilo contrastava com o som da sua gaita de boca.
"You are my sunshine, my only sunshine...", e nem o novo lugar a fez esquecer dos velhos tempos. Sua consciência não estava mais ferida, quanto menos seu olhar havia permanecido cabisbaixo. É certo que nem ela mesma conseguia acreditar em todas as mudanças ocorridas no último mês, ainda mais naqueles momentos em que a gente para tudo e respira fundo. Nesses, a menina deixou de desabar, ainda que pensasse angustiadamente em como seria dividir aquilo com mais pessoas, mais faces torcedoras e amigáveis, quem sabe. 
Sim, ela estava surpreendida por não estar mais na chuva e por, finalmente, fazer parte da tal normalidade que ela sempre buscou se encaixar. Não há explicação, agora a menina está livre. Seus passos voam, sua roupa e seu cabelo balançam com o vento e seu sorriso, enfim, deixou de ser forçado. 
Os caminhos estão se realinhando e ela vai esperar a chuva passar. Quando a chuva passar, a menina irá lá fora e procurará o dono dos olhos cor de tempestade. Lhe contará sobre as pétalas das novas flores, lhe explicará sobre a origem dos sorrisos eufóricos e exprimirá o que esteve guardado com ela durante todo o inverno. 

A chuva passa, os sonhos ficam e se realizam.
Falávamos de amizade e cumplicidade e, dessa forma, a vida continua. 
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7 de setembro de 2015

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Faça a coisa certa

Imagem para a postagem "Faça a coisa certa" no blog Amor e Oxigênio


De fato, ela nunca pensou que estaria onde está agora. Ela nunca imaginou que vivenciaria certas coisas ou que abandonaria outras almejando o que ainda é incerto. Mas é claro que ainda é cedo pra se dizer que ela perdeu, porém se já fosse tarde, ela continuaria dizendo que é cedo, muito cedo.

Dentre todos os passantes daquela rua agitada e multicolorida, você é o estranho que mais me faz falta em dias como esses. Você é o estranho que eu sinto vontade de abraçar, você é o estranho para qual eu estenderia a mão, você é o estranho que eu sei até onde mora, você é o estranho que mais me afeta e dentre todos os estranhos, você é aquele que mais me conheceu.
Em dias como esses em que a chuva parece não cessar, as luzes dos carros se tornam desfocadas, os passos se tornam desregulados e aflitos e os para-brisas parecem cegar, a sua lembrança se faz um pouco mais presente que habitualmente faz. O fato é que dias assim contribuem para a tristeza e o saudosismo nosso e dos outros também, assim como muitas vezes temos em mente alguém que na realidade só existe dentro de nós mesmos.
Posso estar errada e ter em mim uma confusão de ideias sórdidas e inversas sobre quem você é de verdade, porém o mais correto é seguir em frente e deixar a chuva passar. Você é o meu mais novo desconhecido, ainda que eu não possa desconhecer alguém depois de tê-lo mantido permanentemente em meu pensamento.

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26 de agosto de 2015

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Wish you were here

Imagem para a postagem "Wish you were here" do blog Amor e Oxigênio

Boa tarde galera bonita! Hoje estou aqui para falar um pouquinho sobre a minha música favorita, como música de abertura para a primeira postagem nova do blog Amor e Oxigênio com layout e plataforma novos.
Enfim, a referida música chama-se Wish You Were Here, da banda britânica de Rock Progressivo Pink Floyd. {amo eles}
A banda se formou em Londres no ano de 1965, com  Roger Waters, Nick Mason, Richard Wright e Syd Barrett como integrantes da sua formação original.
A música Wish You Were Here pertence ao nono álbum do Pink Floyd, cujo nome também é Wish You Were Here, o que ainda causa muito estranhamento às pessoas que não são fãs do grupo, apesar do álbum ter vendido mais de 13 milhões de cópias ao redor do mundo.

Finalmente, vamos ao vídeo da música:



Agora vamos para a letra traduzida:

Queria que Você Estivesse Aqui

Então, então você acha que consegue distinguir
O paraíso do inferno?
Céus azuis da dor?
Você consegue distinguir um campo esverdeado
De um trilho de aço gelado?
Um sorriso de uma máscara?
Você acha que consegue distinguir?

Eles fizeram você trocar
Os seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
O ar quente por uma brisa fria?
O conforto do frio por mudanças?
Você trocou
Um papel de figurante na guerra
Por um papel principal numa cela?

Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Nós somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre o mesmo velho chão
O que nós encontramos?
Os mesmos velhos medos
Eu queria que você estivesse aqui

A letra da música foi feita em lembrança de Syd Barrett, que era um dos fundadores do Pink Floyd e se afastou dela em decorrência das drogas.
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17 de agosto de 2015

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Fita adesiva no fim

Imagem para a postagem "Fita adesiva no fim" do blog Amor e Oxigênio

Daqui a um bom tempo, nós estaremos realmente bem. Eu contarei histórias, você as vivenciará. Nós viajaremos para onde quisermos, nós conquistaremos os lugares que conhecermos e as pessoas que nos conhecerem nos conquistarão. Seremos nós mesmos, ainda que individuais e solitários. Seremos quem somos por opção e não por obrigação. No fim, não teremos a certeza de que fizemos a coisa certa, mas estaremos conscientes do que fizemos para acabarmos aonde acabaremos.
Os próximos invernos não serão tão frios, ainda que nos façam ter a incrível ânsia por um abraço mais forte, por um beijo, que quem sabe lá, tenham outras pretensões. As manhãs, meu querido, serão adoráveis, ainda que sem o seu olhar, como hoje, olhando no fundo do meu. O café, que antes era fraco e insuficiente para o nosso despertar, amanhã será na medida certa para me reavivar a mente enquanto eu me dirigir, desacompanhada, para algum lugar indeterminado da minha nova rotina. À noite entrarei um pub qualquer e afogarei o meu passado no riso com as novas pessoas que outrora conheci. Sim, o caminho estará involuntariamente correto, mesmo que não enteja tão aprazível assim. Afinal, não será uma tortura viver nesses novos dias, ainda que eu prefira ter trinta minutos exclusos da minha vida para lembrar de como ela era quando eu confiava em alguém.
Sim, acabei descobrindo, pulando de piores em piores maneiras, que nunca estarei correta sobre tudo. Também tenho admitido a mim mesma que gosto de ficar sozinha, porém ninguém gosta de estar sozinho e sim, você também sabe disso.
E esta etapa está no fim, eu irei lhe mostrar que sim. Agora, mais do que nunca, está realmente e sinceramente no fim.
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10 de agosto de 2015

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Somos todos árvores

Imagem para a postagem "Somos todos árvores" do blog Amor e Oxigênio

Nós somos todos árvores.
Nascemos de sementes, viramos broto, crescemos em meio ao caos do dia a dia e o tumulto das grandes cidades. Aliás, muitos nem ao menos percebem que estamos aqui. Nossas raízes, que se fincam nos piores lugares possíveis, ainda assim são capazes de sobreviver.
Um dia a gente floresce e a árvore também. Isso pode ser belo, porém ao mesmo tempo podemos ser alvos fáceis para alguém que necessite do que temos de melhor a oferecer para tirar benefício próprio.
Muitas árvores nascem com a possibilidade de darem frutos. Quando isso acontece, nem sempre ele se parece com a árvore, nem sempre as sementes desses frutos virarão frutos novamente e em muitas vezes os frutos crescem longe da sua “árvore mãe”, por assim dizer. As vezes os frutos não estavam presentes na árvore, as vezes as sementes são ignoradas.
Aliás, todos aqui morrem. Existem várias formas de se morrer, seja ela com uma foice, com um machado, com a velhice e a exaustão que o tempo causa ou até mesmo com alguma doença, uma virose ou quem sabe lá até com um amor que resolveu não acabar.
E no fim, meus caros, nós todos, sendo árvores ou não, gostaríamos de nos perder no meio de um abraço. E é isso que se espera, ou que se sonha.
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3 de agosto de 2015

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Brilhe, diamante louco!

Imagem para a postagem "Brilhe, diamante louco!" no blog Amor e Oxigênio

E agora não há nada que a menina ainda possa tentar esclarecer, pois acabou. As manifestações de afeto, as palavras ditas em alto e bom tom, o esmalte vermelho, as preces, a crença, o sonho. Acabou.
Aqueles dias estavam diferentes dos demais. A manhã estava morta e nada era entendido. As bocas se fecharam e os sorrisos desapareceram. Os olhares sumiram e as lágrimas cessaram.
Era como se não existisse mais os dois lados da moeda e nem mesmo o meio termo entre tudo o que a menina estava fazendo. Era como se o vento tivesse se estagnado, juntamente com a ordem natural das coisas e com o crescimento físico e mental de cada indivíduo que ela conhecia. Era como se antes existisse algo como uma estrela guia e, drasticamente, ela se apagou.
Agora, consequentemente, a pequena menina seguirá o seu caminho sem rumo, as suas vontades incertas, o seu deserto sem miragens e sem abrigo e a sua vontade de escolher entre as mais diversas alternativas que já não existem mais. Amanhã será diferente.. Será, pois com o tempo os objetos ficam velhos e quebrados, os automóveis estragam, os imóveis perdem o seu valor e a cidade muda. As pessoas, sendo isso bom ou ruim, mudam também.
Vamos fugir, vamos brincar perto da usina.. E nada mais existe, nem nós, nem eles, nem a meta, nem o acaso, nem a vontade, nem o querer, nem o mistério, muito menos o amor.

"Ninguém sabe o quão perto ou longe você está, brilhe diamante louco!"
(Shine on you crazy diamond - Pink Floyd)
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