26 de maio de 2018

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O despertar da força

Parece que, finalmente, a menina completou um ciclo daqueles ciclos que faziam parte dos seus sonhos para a posteridade. Um ano depois e tudo mudou, assim como as fases da lua mudam, assim como um livro muda parte daquilo que pensamos saber sobre o que somos e de onde viemos e assim como as árvores, que antes perdiam somente as folhas, podem agora também ser podadas e, por fim, voltarem a crescer. A menina relembrou que tudo pode passar e que todas as coisas são frágeis demais. Por conseguinte, ela ainda descobriu que algumas flores difíceis de cuidar nos são dadas por pessoas especiais e que merecem toda a nossa atenção. Além do mais, essas pessoas especiais cuidam mais da gente do que de qualquer flor. Há um ano atrás os olhos da pequena menina voltaram a brilhar, o coração voltou a acelerar e a força enfim se despertou. Há um ano atrás as chuvas se tornaram boas e fáceis de encarar, o sol ganhou mais vida, o sopro do vento fez-se mais descansado. Ele finalmente chegou. Ele chegou e trouxe a força com ele. Ele chegou e deu para a menina todo o seu coração e a menina deu todo o dela de volta. Ele chegou e permaneceu. Ele chegou e tornou-se o super herói da menina que nem merecia ter um herói particular. Ele tem os olhos mais brilhantes e complacentes do mundo. Ele tem o sorriso mais sincero que ela já viu e que faz a vida toda parecer mais leve. Ele tem as mãos mais seguras e mais afáveis e possui o calor mais confortante e mais protetor que a menina já sentiu. O seu herói é de carne e osso. Ele respira, ele é capaz de sentir, rir, chorar, se enraivecer, amar. A menina já sentiu vontade de colocá-lo em uma caixinha e nunca mais tirar os olhos dele. A menina já quis morrer envolta naquele abraço, pra que o mundo nunca mais existisse sem o som das batidas do coração dele. E, por fim, parece que apenas começamos.
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